Momentos na História da Física que você precisa conhecer


Você conhece a história da Física?

Neste artigo, vamos explorar aspectos fundamentais da história da física que são essenciais para uma compreensão abrangente do desenvolvimento dessa disciplina ao longo do tempo.


A Física é uma das mais antigas disciplinas científicas, e seu estudo tem sido fundamental para o desenvolvimento da tecnologia e da sociedade como um todo. A história da Física é uma história de ideias, descobertas e inovações, que remonta há mais de 2500 anos.

Antiguidade Clássica

Os primeiros estudos de Física remontam ao século VI a.C. na Grécia antiga, quando filósofos como Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes começaram a desenvolver teorias sobre a natureza da matéria e dos fenômenos físicos.


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Tales é considerado o pai da Física por ter sido o primeiro a propor uma explicação natural para os fenômenos da natureza, em oposição às explicações míticas e religiosas comuns na época.

Outro importante filósofo da época foi Pitágoras, que formulou a teoria da música das esferas, segundo a qual os planetas e estrelas produziam sons harmônicos à medida que se moviam pelo espaço.

Já no século IV a.C., Aristóteles desenvolveu uma teoria mais elaborada sobre a Física do mundo natural. Ele propôs uma divisão entre as substâncias celestes, que se moviam em círculos perfeitos e eram compostas por éter, e as substâncias terrestres, que eram compostas por quatro elementos – terra, água, ar e fogo – e se moviam em linhas retas. Essa teoria influenciou a Física por muitos séculos, mas foi refutada pela ciência moderna.


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A história da Física na Idade Média

A Física durante a Idade Média foi influenciada por ideias filosóficas e religiosas que dominavam a época. A teoria aristotélica dos elementos, que afirmava que a Terra era feita de terra, água, ar e fogo, era amplamente aceita como verdade absoluta.

A visão geocêntrica do universo, que colocava a Terra no centro e todos os corpos celestes girando ao redor dela, também era vista como a verdade.


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A observação experimental da natureza era rara na Idade Média, e a Física era em grande parte limitada a observações astronômicas e estudos de óptica. A astronomia era vista como a ciência que mais se aproximava do divino, e muitos estudiosos medievais estavam interessados em descobrir a ordem do cosmos para entender melhor a vontade de Deus.

Alguns pensadores medievais fizeram importantes contribuições para a Física. Alhazen, um estudioso muçulmano do século XI, realizou experimentos com lentes e espelhos e escreveu sobre a natureza da luz.

Roger Bacon, um filósofo e frade franciscano do século XIII, defendeu a importância da observação empírica na ciência e foi um dos primeiros a propor o método científico experimental.

No entanto, foi apenas no final da Idade Média, com a Revolução Científica do século XVI, que a Física começou a se afastar das ideias medievais e a se aproximar do método científico experimental.

Galileu Galilei, Johannes Kepler, Isaac Newton e outros pioneiros da ciência moderna fizeram descobertas importantes sobre o movimento dos corpos, as leis do universo e a natureza da luz que mudaram para sempre nossa compreensão do mundo físico.

A Física na Idade Média também teve um grande impacto na cultura e na arte da época. A arte gótica, por exemplo, é caracterizada por suas catedrais altas e elegantes, que foram construídas com base em conhecimentos de Física e matemática.

As catedrais góticas usavam arcos, abóbadas e contrafortes para suportar o peso do teto, e as vitrais coloridos usavam a luz de forma impressionante para criar uma sensação de espiritualidade e mistério.


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Renascimento

O Renascimento foi um período de grande efervescência cultural e científica que ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI. Durante esse período, a Física passou por mudanças significativas, que levaram ao desenvolvimento de novas teorias e ideias que viriam a moldar a forma como entendemos o mundo até hoje.

Uma das principais mudanças que ocorreram durante o Renascimento foi a transição da Física medieval para a Física moderna. Na Física medieval, acreditava-se que os corpos se moviam por uma força que vinha de Deus, e que o universo era composto por esferas que se moviam em torno da Terra.

Já na Física moderna, os cientistas começaram a buscar explicações naturais para os fenômenos físicos, e acreditavam que o universo era regido por leis matemáticas que podiam ser descobertas por meio da observação e experimentação.

Um dos principais nomes da Física renascentista foi Galileu Galilei. Ele foi um dos primeiros cientistas a realizar experimentos para testar suas teorias, e suas descobertas revolucionaram a Física da época. Galileu mostrou que todos os corpos caem com a mesma aceleração, independentemente de sua massa, o que contradizia a teoria aristotélica da gravidade.

Ele também desenvolveu a lei da inércia, que afirma que um objeto em repouso permanecerá em repouso, e um objeto em movimento continuará em movimento em linha reta, a menos que seja perturbado por uma força externa.


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Outro importante físico renascentista foi Johannes Kepler. Ele desenvolveu as três leis do movimento planetário, que descrevem como os planetas se movem em torno do Sol.

A primeira lei afirma que os planetas se movem em órbitas elípticas em torno do Sol, e não em círculos perfeitos, como se acreditava anteriormente.

A segunda lei afirma que os planetas se movem mais rapidamente quando estão mais próximos do Sol, e mais lentamente quando estão mais distantes. A terceira lei afirma que o período de órbita de um planeta é proporcional ao seu raio médio.

Além de Galileu e Kepler, outros importantes físicos renascentistas incluem William Gilbert, que estudou o magnetismo e desenvolveu a teoria de que a Terra é um grande ímã, e Blaise Pascal, que estudou a pressão dos gases e desenvolveu o princípio que leva o seu nome, que afirma que a pressão exercida por um fluido em repouso é igual em todas as direções.

Século XVII


O século XVII foi uma época de grandes avanços na Física, com o trabalho de muitos cientistas notáveis, incluindo Galileu Galilei, Johannes Kepler, René Descartes, Blaise Pascal, Robert Boyle e Isaac Newton.

Galileu Galilei é conhecido por suas contribuições para a astronomia e a Física experimental. Ele foi um dos primeiros a utilizar um telescópio para observar o céu e descobriu as quatro maiores luas de Júpiter, provando que a Terra não era o centro do universo. Ele também desenvolveu leis sobre o movimento dos objetos e a queda dos corpos.


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Johannes Kepler foi um astrônomo e matemático alemão que formulou as três leis do movimento planetário, que descrevem a forma como os planetas se movem em torno do Sol.

René Descartes foi um filósofo, matemático e físico francês que fez contribuições significativas para a geometria e a álgebra. Ele também foi o primeiro a propor que o universo era composto por duas substâncias fundamentais, a matéria e o espírito, e defendeu a ideia de que a mente e o corpo eram entidades distintas.

Blaise Pascal foi um matemático e físico francês que fez importantes contribuições para a hidrostática e a teoria da probabilidade. Ele também inventou a primeira calculadora mecânica.

Robert Boyle foi um químico irlandês que é considerado o fundador da química moderna. Ele formulou a lei de Boyle, que descreve a relação entre a pressão e o volume de um gás.

Isaac Newton é talvez o mais conhecido dos cientistas do século XVII. Ele formulou as leis do movimento e a lei da gravitação universal, que descrevem a forma como os corpos se movem e interagem uns com os outros. Ele também desenvolveu o cálculo infinitesimal, uma ferramenta matemática fundamental para a Física e outras áreas da ciência.


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Século XVIII

No século XVIII, a Física passou por avanços significativos que contribuíram para a consolidação da ciência como uma disciplina científica independente.

Durante esse período, muitos cientistas contribuíram para a compreensão da natureza, realizando experimentos e teorizando sobre as leis que governam o universo.

Um dos marcos mais importantes do século XVIII foi a formulação da Lei da Gravitação Universal por Isaac Newton em 1687, que descreve a atração entre corpos celestes e explica o movimento dos planetas ao redor do Sol. Além disso, a lei das três leis de movimento de Newton forneceram as bases para a mecânica clássica.


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Outro cientista notável do século XVIII foi Benjamin Franklin, que realizou experimentos com eletricidade e formulou a teoria de que a eletricidade é um fluxo de partículas chamadas elétrons. Além disso, a teoria da conservação da energia, que descreve a relação entre energia e trabalho, foi desenvolvida por vários cientistas no final do século XVIII.

Também no século XVIII, a termodinâmica começou a emergir como uma área importante da Física, com a descoberta da Lei Zero da Termodinâmica e a formulação da Primeira e Segunda Leis da Termodinâmica.

Esses avanços científicos no século XVIII foram fundamentais para o desenvolvimento da Física moderna e levaram a novas descobertas e teorias que mudaram radicalmente a nossa compreensão do mundo físico.


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Século XIX

O século XIX foi um período de grande avanço na Física, com muitas descobertas e avanços que ajudaram a estabelecer a disciplina como uma ciência fundamental.

Uma das principais áreas de pesquisa foi a eletricidade e o magnetismo. Michael Faraday, por exemplo, desenvolveu a teoria do campo eletromagnético, que descreve como campos elétricos e magnéticos são interdependentes.

James Clerk Maxwell também fez importantes contribuições nessa área, unificando as leis da eletricidade e do magnetismo em uma única teoria e predizendo a existência de ondas eletromagnéticas.

Outra área de grande interesse foi a termodinâmica, que trata do estudo do calor e suas transformações. Sadi Carnot, por exemplo, desenvolveu a teoria do ciclo de Carnot, que é fundamental para entender a eficiência de motores e outros sistemas que envolvem trocas de calor. Rudolf Clausius e Lord Kelvin também fizeram importantes contribuições para a termodinâmica.

A Física quântica também começou a surgir no final do século XIX, com os trabalhos de Max Planck sobre a radiação do corpo negro e a ideia de que a energia é quantizada, ou seja, só pode existir em unidades discretas. Esse conceito foi posteriormente desenvolvido por Albert Einstein, Niels Bohr e outros, levando à revolução da Física quântica no início do século XX.


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Finalmente, a mecânica newtoniana, que dominou a Física desde o século XVII, foi reformulada por cientistas como Augustin-Louis Cauchy, William Rowan Hamilton e Joseph-Louis Lagrange.

Eles desenvolveram a mecânica analítica, uma nova abordagem que permitiu resolver problemas complexos usando equações diferenciais e cálculo variacional.

No geral, o século XIX foi um período de grandes descobertas e inovações na Física, que pavimentaram o caminho para os avanços ainda mais impressionantes que ocorreriam no século XX.

Século XX

No século XX, a Física avançou em diversas áreas, como a relatividade, a mecânica quântica e a Física de partículas. Um dos principais nomes desse período foi Albert Einstein, que propôs a teoria da relatividade, segundo a qual o espaço e o tempo são relativos ao observador e estão interconectados.

A mecânica quântica, por sua vez, foi desenvolvida por diversos físicos, como Niels Bohr, Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger. Essa teoria se baseia no princípio da incerteza, segundo o qual não é possível medir simultaneamente certas grandez


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A mecânica quântica, por sua vez, foi desenvolvida por diversos físicos, como Niels Bohr, Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger. Essa teoria se baseia no princípio da incerteza, segundo o qual não é possível medir simultaneamente certas grandezas, como a posição e a velocidade de uma partícula, com precisão infinita.

Isso levou à ideia de que as partículas subatômicas podem estar em vários estados simultaneamente, o que ficou conhecido como superposição quântica.

A Física de partículas também teve um grande avanço no século XX, com a descoberta de novas partículas subatômicas e a formulação da teoria eletrofraca e do modelo padrão, que descrevem as interações entre as partículas subatômicas.

Além disso, a Física do século XX também teve importantes aplicações na tecnologia, como a criação do transistor, que revolucionou a eletrônica, e o desenvolvimento de técnicas de ressonância magnética nuclear, que são usadas em medicina para visualizar tecidos do corpo humano.


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Conclusão

A história da Física é marcada por importantes descobertas e avanços em diferentes áreas do conhecimento, desde a antiguidade até os dias de hoje. A Física moderna é fruto de um longo processo de evolução e descobertas, que se iniciou com os filósofos pré-socráticos e se estende até os dias atuais.

Cada período histórico teve seus próprios desafios e questionamentos, e os físicos que se dedicaram a esses estudos tiveram que superar diversas barreiras para avançar em seus conhecimentos. Graças a esses avanços, hoje podemos entender melhor o mundo que nos cerca e desenvolver tecnologias cada vez mais sofisticadas para melhorar nossas vidas.

Portanto, a Física é uma ciência fundamental para o entendimento do universo e da natureza, e seu estudo é essencial para o avanço da humanidade em diversas áreas do conhecimento e da tecnologia.

Referências:

A História da FísicaAnne Rooney

Sobre os Ombros de Gigantes: Uma história da Física

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