Físicos famosos que você precisa conhecer
No primeiro artigo intitulado “Físicos famosos: Parte 1/2″, foram apresentados os principais físicos desde a antiguidade até o início do século XX.
Neste artigo, abordaremos os nomes de físicos que tiveram grande relevância na ciência, mas que possivelmente não sejam conhecidos pelo público em geral. Vamos lá?
A Física é uma disciplina que tem raízes muito antigas. Desde os tempos pré-históricos, os seres humanos têm observado e tentado entender os fenômenos naturais ao seu redor, incluindo a luz, o movimento dos corpos celestes e a força da gravidade.
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Eles e a Física – vida e obra
Charles-Augustin de Coulomb
Charles-Augustin de Coulomb foi um físico e engenheiro francês, nascido em 1736, que fez importantes contribuições para a teoria da eletricidade e do magnetismo.
Coulomb começou sua carreira militar como engenheiro do exército francês, mas sua paixão pela ciência o levou a investigar a eletricidade. Ele é conhecido por suas leis da eletricidade, que descrevem a força eletrostática entre duas cargas elétricas.
Essas leis, conhecidas como Lei de Coulomb, estabelecem que a força eletrostática entre duas cargas é diretamente proporcional à magnitude de cada carga e inversamente proporcional à distância entre elas.
Coulomb também investigou o magnetismo, descobrindo a Lei de Coulomb-Maxwell, que descreve a força entre dois ímãs. Ele fez várias outras contribuições para a física, incluindo o estudo da fricção e a criação do torquímetro, um instrumento usado para medir a força de torção.
Além de suas contribuições para a física, Coulomb também trabalhou em engenharia militar e foi responsável pela construção de várias fortificações ao longo da costa francesa.
Coulomb recebeu vários prêmios e honrarias ao longo de sua carreira, incluindo a Medalha Copley da Royal Society em 1781. Ele morreu em 1806, deixando um legado duradouro na história da física e da engenharia.
Suas descobertas em eletricidade e magnetismo foram fundamentais para o desenvolvimento da tecnologia moderna, incluindo a eletricidade e a comunicação sem fio. Ele é lembrado como um dos maiores cientistas franceses da história.
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Carl Friedrich Gauss
Carl Friedrich Gauss foi um matemático e cientista alemão, nascido em 1777, conhecido como o príncipe dos matemáticos. Ele é considerado um dos maiores matemáticos da história e sua obra teve um impacto significativo em muitas áreas da matemática e da física.
Gauss começou a demonstrar seu talento matemático desde a infância, realizando cálculos complexos de cabeça. Em sua juventude, ele se interessou pela teoria dos números e fez importantes contribuições a essa área da matemática, incluindo o teorema fundamental da aritmética e a lei de reciprocidade quadrática.
Gauss também trabalhou na geometria, desenvolvendo a geometria não-euclidiana e criando o conceito de curvatura. Ele também contribuiu para a teoria das equações diferenciais, a teoria dos erros e a teoria dos planetas.
Além de suas contribuições para a matemática pura, Gauss trabalhou em várias áreas da física, incluindo a teoria do magnetismo, a teoria do calor e a teoria da gravitação. Ele também desenvolveu o teodolito, um instrumento usado para medir ângulos na topografia e na astronomia.
Gauss recebeu vários prêmios e honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Medalha de Ouro da Royal Society de Londres e o título de nobreza de barão. Ele morreu em 1855, deixando um legado duradouro na história da matemática e da física. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da ciência moderna e é estudado e utilizado até hoje.
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Michael Faraday
Michael Faraday foi um físico e químico britânico, nascido em 1791, conhecido por suas descobertas em eletricidade e magnetismo.
Faraday não teve uma educação formal, mas começou a trabalhar como assistente de Humphry Davy, um renomado químico britânico. Com o apoio de Davy, Faraday iniciou suas próprias pesquisas e em 1821 descobriu a indução eletromagnética, que estabeleceu a base para a geração de eletricidade a partir do movimento de um campo magnético em uma bobina de fio. Essa descoberta foi um marco na história da eletricidade e magnetismo.
Faraday também descobriu o diamagnetismo, que é a tendência dos materiais a serem repelidos por campos magnéticos, e desenvolveu a ideia de que as forças eletrostáticas e magnéticas são expressões de uma única força, que ele chamou de força eletromagnética.
Além de suas contribuições à física, Faraday também teve um grande interesse na química, e descobriu várias substâncias químicas, incluindo o benzeno e o cloro. Ele também fez avanços significativos no estudo da eletroquímica, desenvolvendo a primeira bateria elétrica.
Faraday recebeu vários prêmios e honrarias ao longo de sua carreira, incluindo a Medalha Copley da Royal Society em 1832. Ele morreu em 1867, deixando um legado duradouro na história da física e da química. Suas descobertas em eletricidade e magnetismo foram fundamentais para o desenvolvimento da tecnologia moderna, incluindo a geração de eletricidade e a comunicação sem fio. Ele é lembrado como um dos maiores cientistas britânicos da história.
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James Clerk Maxwell
James Clerk Maxwell foi um físico e matemático escocês, nascido em 1831, conhecido por suas contribuições à teoria eletromagnética e à termodinâmica.
Maxwell estudou matemática e filosofia natural na Universidade de Edimburgo e na Universidade de Cambridge. Ele é mais conhecido por suas equações de Maxwell, que descrevem a natureza das ondas eletromagnéticas e suas interações com a matéria. Essas equações unificaram a eletricidade, o magnetismo e a luz em uma única teoria coerente, e foram uma das realizações mais significativas da física do século XIX.
Além de suas contribuições para a teoria eletromagnética, Maxwell também trabalhou na termodinâmica, desenvolvendo o conceito de distribuição de velocidade molecular e a teoria cinética dos gases. Ele também foi um pioneiro no estudo do espectro eletromagnético, e desenvolveu a primeira fotografia colorida permanente.
Maxwell morreu aos 48 anos devido a um câncer abdominal, mas seu legado teve um impacto duradouro na física. Suas equações de Maxwell são fundamentais para a tecnologia moderna, incluindo a eletrônica, telecomunicações e imagens médicas. Ele é lembrado como um dos maiores físicos teóricos da história, e sua obra teve um impacto significativo em muitas áreas da física e da tecnologia moderna.
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Wilhelm Conrad Röntgen
Wilhelm Conrad Röntgen foi um físico alemão, nascido em 1845, conhecido por suas descobertas em raios X, que tiveram um impacto revolucionário na medicina. Röntgen estudou física na Universidade de Zurique e posteriormente se tornou professor na Universidade de Estrasburgo. Em 1895, ele descobriu os raios X enquanto estudava a descarga elétrica em tubos de raios catódicos.
Ele percebeu que um papel recoberto com um composto químico distante do tubo brilhava mesmo quando não era exposto diretamente à descarga, e que essa radiação penetrava em objetos opacos e deixava sombras de ossos e outros objetos em um filme fotográfico.
Röntgen trabalhou incansavelmente para explorar as propriedades dos raios X e descobrir suas aplicações médicas. Em 1901, ele recebeu o primeiro Prêmio Nobel de Física por sua descoberta.
Os raios X logo se tornaram uma ferramenta valiosa na medicina, permitindo que os médicos visualizassem o interior do corpo humano sem a necessidade de procedimentos invasivos. Eles também tiveram um impacto significativo em outras áreas, incluindo na inspeção de estruturas e materiais.
Röntgen continuou a trabalhar na física até sua morte em 1923. Ele é lembrado como um dos maiores físicos da história e sua descoberta dos raios X mudou para sempre a forma como enxergamos o mundo e a medicina moderna.
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Ernest Rutherford
Ernest Rutherford foi um físico e químico neozelandês, nascido em 1871, conhecido como o pai da física nuclear. Ele fez importantes descobertas sobre a estrutura do átomo e a radioatividade, e foi premiado com o Prêmio Nobel de Química em 1908.
Rutherford iniciou sua carreira na Nova Zelândia, mas mudou-se para a Inglaterra para continuar seus estudos em química. Lá, ele trabalhou com J.J. Thomson no estudo da descarga elétrica em gases, e foi responsável por desenvolver o conceito de “raios alfa”, partículas carregadas positivamente que foram posteriormente identificadas como núcleos de hélio.
Em 1911, Rutherford realizou um famoso experimento conhecido como “experimento da dispersão alfa”, no qual bombardeou uma fina folha de ouro com partículas alfa. Ele descobriu que a maioria das partículas passava direto pela folha, mas algumas eram desviadas, o que o levou a concluir que o átomo era composto por um núcleo pequeno e denso cercado por elétrons.
Com base nessa descoberta, Rutherford desenvolveu o modelo atômico de Rutherford, que descreve o átomo como um núcleo positivo no centro cercado por elétrons em órbita. Ele também contribuiu para o estudo da radioatividade, descobrindo o conceito de “meia-vida” e desenvolvendo técnicas para medir a radioatividade.
Rutherford continuou a trabalhar em física nuclear, realizando importantes descobertas sobre a fissão nuclear e o bombardeamento de núcleos com partículas alfa. Ele foi premiado com vários prêmios e honrarias ao longo de sua carreira, incluindo a Ordem do Mérito em 1925 e a Medalha Copley da Royal Society em 1930. Rutherford morreu em 1937, deixando um legado duradouro na história da física e da química.
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Niels Bohr
Niels Bohr foi um físico dinamarquês nascido em 1885, conhecido por seus trabalhos na teoria quântica e na estrutura do átomo. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922 por sua contribuição para a compreensão da estrutura atômica e da radiação eletromagnética.
Bohr começou seus estudos em física na Universidade de Copenhague e depois se mudou para a Inglaterra, onde trabalhou com J.J. Thomson e Ernest Rutherford, participando de importantes experimentos relacionados à estrutura atômica. Ele desenvolveu o modelo atômico de Bohr, que descreve o átomo como um núcleo positivo no centro cercado por elétrons em órbita quantizada. Isso permitiu explicar de forma mais precisa as propriedades dos elementos químicos e a emissão de luz por átomos excitados.
Bohr também foi fundamental no desenvolvimento da teoria quântica, propondo o chamado “princípio da complementaridade” que afirma que a natureza dos fenômenos quânticos depende da maneira como eles são observados. Ele também desenvolveu a ideia de que a física quântica e a física clássica eram complementares, em vez de conflitantes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Bohr esteve envolvido no Projeto Manhattan, que tinha como objetivo desenvolver a primeira bomba atômica. Após a guerra, ele se dedicou a promover a paz e a cooperação internacional, participando de diversos movimentos e organizações internacionais, como a Conferência de Pugwash.
Bohr foi reconhecido com vários prêmios e honrarias ao longo de sua carreira, incluindo a Medalha Copley da Royal Society em 1938 e a Medalha de Ouro da Sociedade Real de Edimburgo em 1947. Ele morreu em 1962, deixando um legado duradouro na física e na ciência em geral.
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Richard Feynman
Richard Feynman (1918-1988) foi um dos físicos teóricos mais importantes do século XX. Suas contribuições incluem trabalhos em eletrodinâmica quântica, teoria da relatividade, mecânica quântica e física de partículas elementares.
Feynman nasceu em Nova York, em 11 de maio de 1918. Ele estudou física no MIT e obteve seu doutorado na Universidade de Princeton. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou no Projeto Manhattan, ajudando a desenvolver a bomba atômica.
Após a guerra, Feynman se juntou à faculdade da Universidade de Cornell e depois à do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Foi em Caltech que ele fez algumas de suas maiores contribuições para a física teórica, incluindo a criação da técnica de “diagramas de Feynman” para visualizar interações entre partículas e a formulação da eletrodinâmica quântica.
Além de suas contribuições para a física teórica, Feynman também era conhecido por sua habilidade em ensinar e comunicar a ciência de uma forma acessível. Ele escreveu vários livros populares de ciência, incluindo “Surely You’re Joking, Mr. Feynman!” e “What Do You Care What Other People Think?”. Em 1965, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física por suas contribuições para a eletrodinâmica quântica.
Richard Feynman morreu em 15 de fevereiro de 1988, aos 69 anos. Ele deixou um legado duradouro na física teórica e na popularização da ciência para o público em geral.
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Carl Sagan
Carl Sagan (1934-1996) foi um astrônomo, astrofísico, cosmólogo e escritor científico americano. Ele é mais conhecido por popularizar a ciência e a astronomia por meio de suas aparições na televisão e de seus livros populares de ciência.
Sagan nasceu em Nova York, em 9 de novembro de 1934. Ele estudou Física e Astronomia na Universidade de Chicago, onde obteve seu doutorado em 1960. Durante sua carreira, ele trabalhou em vários projetos de pesquisa, incluindo o estudo da atmosfera de Vênus e a possibilidade de vida em outros planetas.
Além de suas contribuições para a ciência, Sagan também era conhecido por sua habilidade em comunicar a ciência para o público em geral. Ele apresentou e escreveu para vários programas de televisão, incluindo a série “Cosmos”, que se tornou um marco na televisão científica. Ele também escreveu vários livros populares de ciência, incluindo “O Mundo Assombrado pelos Demônios” e “Pálido Ponto Azul”.
Sagan recebeu inúmeros prêmios e honras por suas contribuições à ciência e à popularização da ciência, incluindo a Medalha Nacional de Ciência, a maior honra científica dos Estados Unidos. Ele morreu em 20 de dezembro de 1996, aos 62 anos, deixando um legado duradouro como defensor da ciência e da educação científica.
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Stephen Hawking
Stephen Hawking (1942-2018) foi um dos físicos mais renomados do mundo, conhecido por suas contribuições para a cosmologia, gravidade quântica e teoria dos buracos negros.
Hawking nasceu em Oxford, Inglaterra, em 8 de janeiro de 1942. Ele estudou Física na Universidade de Oxford e, mais tarde, mudou-se para a Universidade de Cambridge para estudar Cosmologia. Ele desenvolveu esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, o que limitou sua capacidade de movimento e comunicação ao longo da vida. Ele foi forçado a usar uma cadeira de rodas para se locomover e, mais tarde, a se comunicar por meio de um sistema de voz computadorizado.
Hawking fez várias contribuições notáveis para a física teórica. Ele propôs que os buracos negros emitem radiação, conhecida como “radiação Hawking”, e que essa radiação faz com que os buracos negros diminuam gradualmente de tamanho, eventualmente evaporando completamente. Ele também propôs que o universo tem uma singularidade inicial, chamada de “Big Bang”, que deu origem ao universo como o conhecemos.
Ao longo de sua carreira, Hawking recebeu inúmeros prêmios e honras, incluindo a Ordem do Império Britânico e a Medalha Copley, a mais antiga e prestigiada medalha científica do Reino Unido. Ele também foi autor de vários livros populares sobre ciência, incluindo “Uma Breve História do Tempo” e “O Universo numa Casca de Noz”, que foram best-sellers internacionais.
Stephen Hawking morreu em 14 de março de 2018, aos 76 anos, deixando um legado duradouro na física e na compreensão pública da ciência.
No primeiro post “A física e seus propulsores: Parte 1”, destacamos os principais físicos desde a antiguidade até o início do século XX. Já neste segundo post, aprendemos um pouco sobre outros nomes de físicos que tiveram grande relevância na ciência, como Carl Friedrich Gauss, Michael Faraday, James Clerk Maxwell, Wilhelm Conrad Röntgen, Niels Bohr, Ernest Rutherford, Richard Feynman, Lisa Randall, Brian Greene e Carl Sagan.
Esses cientistas fizeram contribuições notáveis para suas respectivas áreas de estudo, desde o desenvolvimento de teorias fundamentais da física até a descoberta de novos fenômenos naturais. Suas descobertas mudaram a forma como pensamos sobre o mundo e abriram caminho para novas tecnologias e inovações.
Embora muitos desses nomes sejam bem conhecidos, há muitos outros cientistas que também merecem reconhecimento por seu trabalho igualmente importante. Sem dúvida, a ciência continuará a evoluir e a avançar, com novos nomes de cientistas sendo adicionados à lista de gigantes cujas descobertas moldam nosso mundo.
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